O tão aguardado filme da principal franquia da Nintendo, Super Mario Bros., finalmente foi lançado, e mesmo não sendo perfeito, consegue agradar tanto aqueles que cresceram com os jogos como também aos mais novos que estão conhecendo agora as famosas aventuras do encanador mais famoso do mundo.

Os dois irmãos Mario e Luigi, em uma tentativa de tornar seu negócio de encanamento mais conhecido, decidiram tentar consertar um grande vazamento na cidade, mas misteriosamente acabam sendo teletransportados para outro mundo, Mario para o Reino dos Cogumelos, governado pela Princesa Peach, e que está sendo ameaçado por Bowser, rei do Reino das Sombras, onde Luigi caiu e esta sendo mantido refém. Na intenção de resgatar seu irmão, Mario se une a princesa Peach para tentar impedir os planos do rei dos Koopas.

O roteiro não é nada inovador, e nem precisava ser, porque quem foi assistir o filme não queria nada mais do que rever os clássicos personagens dos videogames em uma nova adaptação, e nesse quesito o filme acerta em cheio. A caracterização de praticamente todos os personagens está excelente. Mario é corajoso, heroico, otimista e um irmão muito preocupado; Luigi é tímido, as vezes covarde, mas esta disposto a enfrentar seus medos pra ajudar seu irmão. Bowser é imponente, arrogante, malvado e esta disposto a fazer de tudo para concretizar seu plano, que é se casar com a princesa Peach, por quem ele nutre uma grande paixão, e esse clássico contraste entre um personagem sem escrúpulos, capaz de passar por cima de reinos para conseguir o que quer mas ao mesmo tempo também sendo alguém apaixonado que chega a ficar até sem graça perto da pessoa que ama, gera as melhores cenas do filme.

A princesa Peach é a personagem que mais mudou nessa adaptação. Nos jogos ela era a típica donzela em perigo que sempre era sequestrada para poder ser salva pelo Mario no final, mas aqui ela é corajosa e tem uma verdadeira postura de líder de um reino e dessa vez luta ao lado do Mario contra o Bowser, mas algo que me incomodou um pouco na personagem foi a personalidade dela que fez eu sentir o tempo todo que já tinha visto aquela personagem em outros filmes da Illumination. Outro personagem bastante presente é o Toad, que ganhou muito mais profundidade aqui, sendo um parceiro muito corajoso e fiel, tanto ao Mario, quanto a Princesa também. E também temos Donkey Kong, um personagem convencido, bobão, e extremamente exibido.

O filme possui uma energia bem frenética e divertida, com um humor bem equilibrado que vai tirar risadas até mesmo daqueles não muito familiarizados com a franquia. Em quase toda cena você pode encontrar alguma referencia aos jogos da Nintendo, as vezes até referencias demais, ao ponto de que se você quiser identificar todas, em algumas cenas você vai acabar nem prestando atenção no que os personagens estão fazendo.

A trilha sonora do filme consiste em sua maior parte nas musicas dos jogos do Mario, e muitas vezes ela consegue fazer você sentir que realmente esta assistindo alguém jogando. Ela consegue trazer uma sensação de nostalgia muito forte e provavelmente conseguirá resgatar antigas memorias daqueles que jogaram os jogos na infância, principalmente nos momentos em que as novas regiões são apresentadas.

Mas quando as musicas tocadas não são as dos jogos, é onde a trilha mais peca. Em um momento especifico onde outro reino é apresentando, eles perdem a chance de usar uma das incríveis musicas presente em outra franquia da Nintendo que é apresentada no filme, e decidem jogar Take on me quebrando um pouco da imersão do filme naquele momento, e isso de usar sucessos dos anos 80 desnecessariamente vem a se repetir mais vezes, alguns podem argumentar dizendo que é porque possivelmente o filme se passa nos anos 80/90, mas isso também é algo que não fica muito certo, porque ao mesmo tempo que o filme mostra eles usando TV’s de tubo e o Mario jogando um Nintendinho, em alguns momentos o Luigi aparece com um celular touchscreen que só veio a se popularizar depois dos anos 2000.

Mesmo com alguns vacilos como o excesso de referencias, musicas que quebram a experiencia em alguns momentos, e cenas que poderiam facilmente serem cortadas e não fariam falta, o filme consegue divertir do primeiro minuto até o final. Com personagens carismáticos, uma trilha sonora nostálgica, um mundo muito vivo e colorida e uma energia contagiante, o filme com certeza conseguirá agradar a todos os públicos, principalmente as crianças e os fãs dos jogos.

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